sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Dia do Samba

Hoje, dia 02/12 é comemorado o Dia do Samba. Vamos conhecer um pouco mais da história deste ritmo que é uma marca do Brasil?

Imagem retirada do site: http://www.dropsmagazine.com.br/nordeste/natal-comemora-o-dia-do-samba-no-proximo-dia-26-de-novembro/

O samba, como conhecemos atualmente, tem origem afro-baiana, temperado com misturas cariocas. Nasceu da influência de ritmos africanos, adaptados para a realidade dos escravos brasileiros e, ao longo do tempo, sofreu inúmeras transformações de caráter social, econômico e musical até atingir as características conhecidas hoje.

O gênero, descendente do lundu (canto e dança populares no Brasil do século XVIII), começou como dança de roda originada em Angola e trazida pelos escravos, principalmente para a região da Bahia. Também conhecido por umbigada ou batuque, consistia em um dançarino no centro de uma roda, que dançava ao som de palmas, coro e objetos de percussão e dava uma ''umbigada'' em outro companheiro da roda, convidando-o a entrar no meio do círculo.
Com a transferência, no meio do século XIX, da mão-de-obra escrava da Bahia para o Vale do Paraíba e, logo após, o declínio da produção de café e a abolição da escravatura, os negros deslocaram-se em direção a capital do país, Rio de Janeiro.

Instalados nos bairros cariocas de Gamboa e Saúde, eles dariam início à divulgação dos ritmos africanos na Corte. Eram nas casas das tias baianas, como Amélia, Ciata e Prisciliana, que aconteciam as festas de terreiro, as umbigadas e as marcações de capoeira ao som de batuques e pandeiros. Essas manifestações culturais propiciariam, conseqüentemente, a incorporação de características de outros gêneros cultivados na cidade, como a polca, o maxixe e o xote. O samba carioca urbano ganha a cara e os ritmos conhecidos.

Em 1917 foi gravado em disco o primeiro samba chamado ''Pelo Telefone''. A música, de autoria reivindicada por Donga (Ernesto dos Santos), geraria polêmica uma vez que, naquele tempo, a composição era feita em conjunto. Essa canção, por exemplo, foi criada numa roda de partido alto (pessoas que partilhavam dos antigos conhecimentos do samba e designava música de alta qualidade), do qual também participaram Mauro de Almeida e Sinhô (José Barbosa da Silva), que se auto-intitulou ''o rei do samba''.

Após a primeira gravação, o samba conquistaria o mercado fonográfico e, com a inauguração do rádio em 1922 - único veículo de comunicação em massa até então -, alcançaria as classes médias cariocas. O novo estilo seria, ainda, abraçado e redimensionado por filhos de classe média, como o ex-estudante de Medicina Noel Rosa e o ex-estudante de Direito, Ari Barroso, através de obras memoráveis como ''Tarzan, o filho do alfaite'' e ''Aquarela do Brasil''.

O advento do rádio ainda transformaria nomes como Francisco Alves, Orlando Silva e Carmen Miranda em grandes ídolos do samba.

As escolas de samba do Rio de Janeiro

Desfile de uma escola de samba do Rio de Janeiro
Entre as décadas de 20 e 30, o gênero ganharia muitas variações tais como o samba-enredo, o samba-choro e o samba-canção. É desse período, também, o surgimento dos sambas criados para os grandes blocos de Carnaval. A primeira escola de samba surgiria em 1929 no Estácio - tradicional bairro de boêmios e da malandragem da cidade. Chamada de 'Deixa Falar', fez sua primeira aparição na Praça Onze como um bloco de corda e inovava no ritmo: a nova batida era capaz de contagiar qualquer folião, diferentemente dos sons anteriores mais monótonos.

No ano seguinte, novas cinco escolas surgiriam para participar do desfile na Praça Onze: a ''Cada Ano Sai Melhor'' (do Morro de São Carlos), a ''Estação Primeira de Mangueira'', a ''Vai como Pode'' (atual Portela), a ''Para o Ano Sai Melhor'' (do Estácio) e a ''Vizinha Faladeira'' (das redondezas da Praça Onze). Com a repercussão do gênero, a cada ano surgiam mais escolas para participar dos desfiles de Carnaval. 

As transformações do samba

O gênero que conquistou o título de identidade do Brasil dentro do país e no exterior, também cativou muitos adeptos no cenário artístico. Cada um deles deu sua contribuição ao estilo, surgindo diferente ramificações do tradicional samba.


O baiano Dorival Caymmi emprestou um pouco do seu refinamento às canções enquanto o também conterrâneo Batatinha incorporaria seu sotaque regional a enredos tristes. O paulistano Adoniran Barbosa encheria suas músicas com seu humor sarcástico enquanto o gaúcho Lupicínio Rodrigues, influenciado pelo bolero, trataria de temas sentimentais em suas composições. O samba ganharia, em cada região e com cada intérprete ou compositor, uma característica particular.


A influência cultural americana, logo após a Segunda Grande Guerra, também repercutiria no gênero. Com um modo diferente de dividir o fraseado do samba e inspirados no impressionismo do jazz e do erudito, surgiria através de João Gilberto e Tom Jobim a bossa nova nos anos 50. O novo estilo ganharia repercussão internacional. Dissidências internas desse grupo ainda propiciariam o surgimento dos afro-sambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes.


Uma corrente mais popular faria ressurgir o samba tradicional do morro no final da década de 60 nas vozes de Cartola, Nelson Cavaquinho e, mais adiante, Candeia, Chico Buarque de Holanda e Paulinho da Viola. Este mesclou o estilo ao choro e se transformaria em um ícone do samba tradicional para a corrente mais vanguardista até hoje.


Outro grande nome do samba é Martinho da Vila que, além de popularizar o partido-alto, revalorizou os sambas-enredos para o mercado musical. O samba-reggae, com toadas do rhythm & blues americano teria em Jorge Bem seu criador e divulgador.


Nos anos 70, três divas do samba lançariam seus nomes na história do gênero: Alcione, Beth Carvalho e Clara Nunes. Os anos 80 destacariam o movimento do pagode, com um ritmo pontuado pelo banjo e pela percussão do tantan, com nomes como Zeca Pagodinho e o grupo Fundo de Quintal. O samba-pop da década de 90 também se auto-intularia pagode e produziria grupos em grande escala não muito próximos do samba de raiz.


No final da década de 90, o antigo samba seria revalorizado com nomes de grandes artistas do gênero como Nelson Sargento, Wilson das Neves e as Velhas Guardas da Portela e da Mangueira.


Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT865240-1655-2,00.html


Agora que já sabemos a origem e evolução deste gênero, vamos escutar algumas músicas clássicas deste gênero musical:

Trem das Onzehttp://letras.terra.com.br/ivete-sangalo/946959/


Foi um rio que passou na minha vidahttp://www.youtube.com/watch?v=LAEXGgWXphs (Vídeo) 
http://www.letras.com.br/paulinho-da-viola/foi-um-rio-que-passou-em-minha-vida (Letra)


Coração Levianohttp://www.youtube.com/watch?v=h5IuNEcgQbU&feature=related


Beija-me http://letras.terra.com.br/zeca-pagodinho/822661/

O Sertanejo Universitário

MO sertanejo, homem de origem simples, nascido em terras de chão batido, em meio à natureza e animais, deixou para nós uma das maiores heranças que poderia ter: a música. O estilo musical sertanejo dominou o rádio, a TV, os eventos e shows por todo o Brasil. A música sertaneja nunca teve tanta evidência e crescimento. 

Já foi-se o dia em que música sertaneja é um estilo musical que apenas seus pais ou avós gostam. Hoje, a música sertaneja ganhou vertentes, ganhou diversas duplas, cantores solos e também ganhou seguidores de todas as idades.

A popularização sempre existiu, mas não com tanta força. O sertanejo universitário está por todos os lados, os eventos sertanejos acontecem todos os fins de semana. Tudo isso começou por causa de um jornalista chamado Cornélio Pires, que trouxe para os grandes centros, em 1910, cantores de estilos sertanejos. Nas mãos, violas, sanfonas e gaitas.

Mais tarde, Mario de Andrade, por meio da Semana da Arte Moderna em 1922, divulgou pela 1ª vez um grupo sertanejo. A viola caipira estava presente misturando ritmos de lundu, cururu, moda de viola e catira.

Cornélio Pires deve ter ficado muito feliz. Tanto que em 1924, foi inspiração para o grupo “A Turma Caipira de Cornélio Pires”, formada por violeiros como Caçula e Sorocabinha, e alguns outros tão importantes da época. Este foi o primeiro registro de um grupo de música sertaneja.

Em 1929, Cornélio Pires desacreditado por uma gravadora, pagou por seu álbum, o 1º sertanejo, que em poucos dias esgotou nas lojas e fez as gravadores se interessarem pela música sertaneja.

Comercialização do sertanejo: A gravadora RCA-Victor foi a primeira a comercializar o sertanejo. Convidou o violeiro Mandy para montar um outro grupo intitulado “Turma Caipira da Victor”. No final da década de 20, surgiram as primeiras duplas como Mariano e Caçula, Zico e Ferrinho e Sorocabinha e Mandy. Todos eram violeiros das turmas do Cornélio e da Victor. 

Alvarenga e Ranchinho, uma das mais importantes duplas sertanejas de todos os tempos, começaram sua carreira na década de 30 e levaram sua música a muitas outras duplas, que se formaram com o tempo.

O violão chegou até o sertanejo em 1939, através da dupla Raul Torres e Serrinha, que também criaram o primeiro programa de rádio dedicado a música sertaneja, o “Três Batutas do Sertão”. Assim, o movimento sertanejo que São Paulo-Minas Gerais passou a crescer em todo país.

A comercialização passou a ser maior a partir da década de 80, com a releitura de sucessos internacionais e da Jovem Guarda. As duplas sertanejas nasceram em grandes números, entre elas Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo. Em 1991, Zezé di Camargo e Luciano. Em 2000, Guilherme e Santiago, Edson e Hudson Bruno e Marrone, entre outros.

O novo sertanejo: A onda universitária abrangeu um público que antes não via a música sertaneja como opção. Com o ídolo teen da música sertaneja, Luan Santana, e duplas como Jorge & Mateus, Fernando e Sorocaba, entre outros, a música sertaneja ganhou uma cara mais jovem, recursos de estúdio e letras que falam mais de amor do que de situações do sertão.

Com isso, o sertanejo passou a ter duas vertentes: o universitário e o de raiz. Tonico & Tinoco, Alvarenga & Ranchinho, Pena Branca e Xavantinho, por exemplo, passaram a ser chamados de sertanejos de “músicas de raiz”. Outros chamam de “música caipira”. Já a nova geração, se encaixou no sertanejo universitário.


Fonte: http://eptv.globo.com/ribeiraopreto/variedades/NOT,2,2,347449,No+Dia+do+Sertanejo+conheca+a+historia+da+musica+sertaneja+no+Brasil.aspx




Algumas músicas do estilo Sertanejo Universitário com letra:



Cantor: Luan Santana:


Cantores: Victor e Léo:


Cantores: Jorge e Mateus


Cantores: João Bosco e Vinícius